Motivos para apostar no Marketing de Conteúdo

maos a escrever e mexer em papeis e reportes

Embora pareça que o marketing de conteúdo é uma moda recente ou uma tendência pós-pandemia, de facto é uma técnica que não nasceu ontem. Muito pelo contrário, há mais de 15 anos que se fala em Marketing de Conteúdo. Antes mesmo da criação do Google, lá no ano de 1997, os paradigmas do Marketing Digital começaram a mudar. Com a aparição dos primeiros blogs, e depois com o boom das redes sociais, a publicação e partilha de informações de forma imediata começou a ser muito simples. O algoritmo virou cada vez mais e mais exigente, criando uma batalha por gerar conteúdo relevante.

Hoje em dia, podemos dizer que o conteúdo é a coluna vertebral do marketing. Porquê? Porque conteúdo SEO não é só blog! Ao falar em “conteúdo” estamos a pensar em tudo o que um site apresenta aos utilizadores. Vamos explicar melhor então.

Como definir marketing de conteúdo?

O marketing de conteúdo ou Content Marketing, como é o termo em inglês, é o conjunto de estratégias focadas na criação de informações úteis, relevantes e gratuitas para os utilizadores com o objetivo principal de atraí-los e gerar conhecimento da marca.

Porque preciso de um bom conteúdo?

  • Melhora a imagem da marca
  • É mais barato e rentável
  • Melhora o posicionamento nos motores de busca
  • Cria um relacionamento mais próximo com os utilizadores, visto que é suposto escrever a pensar neles.
  • Acaba por ser um investimento a longo prazo

Desafios do Content Marketing

O melhor conteúdo é aquele que fornece informação de valor e útil aos utilizadores, portanto não é só encher o nosso site de palavras ou keywords. Existem alguns desafios que temos de enfrentar:

  • Conteúdo suficiente: o ideal é fazer publicações periódicas. Caso as ideias “esgotem”, sempre podes voltar àquilo que já tens e melhorá-lo ou atualizá-lo.
  • Conteúdo de qualidade: tendo em conta a essencialidade do ponto anterior, não vale a pena escrever por escrever. A produção final tem de fazer sentido tanto para os utilizadores quanto para o teu objetivo.
  • Variedade de conteúdo: se tens um tópico que funcionou muito bem, podes sempre utilizá-lo em novas plataformas ou melhorá-lo, mas não esgotes o recurso! Tenta dar um jeito, e produzir sobre tópicos variados
  • Conteúdo inovador: este talvez seja o maior desafio. Encontrar um “nicho virgem” ou um tópico que não tenha sido desenvolvido até hoje, é difícil. Porém, podes sempre tentar melhorar o que outros sites já publicaram. Por isso, é sempre uma boa ideia não perder de vista o que os concorrentes estão a fazer.
  • Arranjar orçamento: todos temos ideias e coisas para dizer. Contudo, nem todos temos as habilidades necessárias, seja para redigir um artigo, seja para fazer um vídeo. Investe em content marketing. Procura pessoal capacitado para o teu objetivo. É melhor fazer pouco e bem feito do que fazer muito e mal. Investir em marketing de conteúdo é importante, embora os resultados possam demorar em ser evidentes.

Diferentes tipos de conteúdo para uma estratégia de posicionamento de SEO

Como já dissemos, conteúdo não é só blog. Para diversificar a audiência, temos diferentes formatos onde podemos desenvolver as nossas produções:

  • Vídeos
  • Imagens
  • Infografias
  • Webinars
  • Ebooks
  • Podcasts

A escolha de um formato ou outro vai depender do teu objetivo numa campanha, ou mesmo da etapa do funil de conteúdo na qual estejas a focar. E já que falamos em funil, podemos nomear 4 tipos de campanhas de content marketing.

Funil de Marketing de Conteúdo

  1. Gerar tráfego 
  2. Geração de Leads ou Lead Generation
  3. Lead nurturing
  4. Geração de Clientes ou Customer generation

 

PSSSS: ainda não sabes o que significa “leads”? Recomendamos a leitura do nosso artigo “O que são leads e porquê são importantes para aumentar as vendas online

Por que alguns conteúdos “não funcionam”?

O facto de algum tipo de conteúdo funcionar ou não, depende de vários factores, mas na maioria das vezes, o erro básico está em escrever só por escrever sem ter uma visão de quem é que está a ler-nos. Ninguém fala para o ar -ou pelo menos não de forma consciente, certo?- Neste sentido, muitas vezes cometemos o erro de pensar só nos resultados de pesquisa, e acabamos por desenvolver textos super pouco atraentes, sem um objetivo claro e sem um público na cabeça.

Dar uma boa experiência ao utilizador é a “key” da questão

O Google está cada dia mais focado em satisfazer a necessidade de quem faz uma pesquisa. No SEO Summit 2021, o Rafael Rez, Co-Fundador da Nova Escola de Marketing, explicou que o Google cada vez mais domina a jornada do cliente. Neste sentido, a nossa tarefa será “criar conteúdo que auxilie o cliente ao longo dessa jornada, e que responda ao que esse cliente precisa e aí o Google vai priorizar o seu conteúdo ao longo dessa jornada”.

Por isso, é essencial perceber o que é que os utilizadores pretendem: eles têm uma dúvida, um desejo, uma necessidade? A partir destas informações, é que vamos ter um objetivo de produção e uma plataforma específica para cada tipo de publicação. Claro, isto está diretamente relacionado ao funil que detalhamos acima. 

Contudo, também existem outros motivos para que um tipo de conteúdo seja efectivo.

Outros factores a ter em consideração na hora de escrever:

  • Audiência ou público alvo: como já dissemos, é muito importante ter o público definido e produzir a pensar neles. É essencial redigir baseando-nos em oferecer informações de valor.
  • Linguagem: é essencial ser homogêneo. A linguagem faz parte da identidade da tua empresa ou produto. Tens uma imagem mais informal? Diriges-te ao teu público como “você”? Estes são detalhes que deves ter em consideração.
  • Contexto: isto é simples. Certamente, o público do Facebook não é igual ou não tem os mesmos interesses que o público do Tik Tok. Adapta-te ao contexto. Não publiques muito texto numa plataforma na qual o público gosta mais de vídeo ou vice-versa.
  • Objetivo: como já foi dito, pensa sempre nas seguintes questões: queres informar? Queres tirar dúvidas? Sempre que falamos, esperamos algum tipo de resposta por parte do nosso interlocutor. Neste caso, é exatamente igual. Não faz sentido fazer um vídeo “passo a passo” para enviar a alguém que ainda não adquiriu um produto, por exemplo.
  • Recursos: um vídeo sem música ou um artigo com parágrafos gigantes é uma seca, certo? Faz com que o conteúdo seja “amigável” para os olhos dos utilizadores. Divide o texto com subtítulos para uma boa organização da leitura, utiliza bullet points, faz citações de fontes fiáveis, utiliza imagens de boa qualidade, infografias  com um tamanho de letra de fácil leitura, etc.

Calendarização para uma boa estratégia

Já sabemos que o conteúdo que melhor funciona é aquele que agrega valor aos utilizadores. E não só. Que a mensagem chegue a hora certa, também é importante. Diferentes tipos de conteúdo requerem diferentes tempos e frequências (por exemplo, não queres afogar os teus potenciais clientes com e-mails diários, ou fartar os teus seguidores com publicações repetidas).

Ter um calendário editorial oferece imensas vantagens. Não só em termos de organização, mas também para ter uma visão geral do tipo de conteúdo, canal de publicação e objetivos. Isto vai facilitar criar conteúdo variado tanto para um blog quanto para as redes sociais.

Ao ter um calendário, é possível aumentar o número de visitas, visto que será mais fácil ser constantes na criação de novos tópicos para as redes sociais ou para o nosso site. Se o conteúdo é de qualidade, é mais provável receber visitas frequentes para quem quer saber quais as novidades que publicamos regularmente.

Por outro lado, a calendarização ajuda a não esquecer as datas importantes e ter o conteúdo já pronto para esse tipo de datas. Imagina ter um e-commerce e não atualizá-lo para um Black Friday? E com isto, não estamos a pensar só em vendas. Não esquecer as datas importantes também demonstra interesse no nosso público: dar os parabéns ou relembrar de acontecimentos históricos é também chegar à emocionalidade dos nossos seguidores/leitores/potenciais clientes.

A estratégia está a funcionar, e agora?

Se tens conteúdo que funciona, faz uma análise e presta atenção no que podes estar a fazer bem. É a escolha de palavras-chave? É o tópico? É o formato, por exemplo, um vídeo? Aproveita o que tens de bom para re-aproveitar isto sem cair na repetição de conteúdo.

Fica de olho no que estão a fazer os concorrentes, e mantém um calendário organizado. Entretanto, nunca esqueças que o mais importante, é pensar nos utilizadores. Depois de tudo, tu também és um, e sabes como gostas de encontrar o que estás à procura na net.